RESUMO
Objetivo: avaliar os aspectos olfatórios e deglutitórios em pacientes com síndrome pós-COVID 19.
Métodos: amostra composta por 62 indivíduos com idades entre 20 e 91 anos (52,84 ± 16,45), sendo a maioria do sexo masculino (n=37; 59,68%). Os participantes foram avaliados por meio da olfatometria; pressão dos lábios e da língua e avaliação da deglutição, com uso de alimentos com três diferentes consistências e duas escalas: a funcional de ingestão por via oral e a da American Speech-Language-Hearing Association - National Outcomes Measurement System. Para análise dos resultados, foi realizada estatística descritiva (média e desvio padrão) e inferencial (testes Qui-Quadrado e T de Student), adotando-se 5% de nível de significância.
Resultados: a alteração do olfato esteve presente em 83,71% da amostra, com classificação média de 4,26 ± 1,52 pontos (hiposmia moderada) e da deglutição em 16,13% dos casos, sendo que, destes, a maioria apresentou deglutição funcional. Os valores médios de pressão foram: para os lábios 45,86 (± 19,93) kPa, para o ápice da língua: 31,93 (± 18,45) kPa e para o dorso da língua: 32,28 (± 17,66) kPa.
Conclusão: nos pacientes com síndrome pós-COVID 19 que participaram da amostra, foi possível constatar presença tanto do distúrbio do olfato quanto da disfagia, embora as hiposmias tenham prevalecido no grupo em questão. Frente ao exposto, sugere-se que na iminência de quadros da doença, as avaliações do olfato e da deglutição sejam realizadas de forma rotineira, uma vez que tal virose, até o momento, não foi extinta.
Descritores:
COVID-19; Olfato; Deglutição; Fonoaudiologia